Falência e recuperação de empresas: como evitar a primeira e alcançar a segunda

19.04.2023
Um dos cenários que podem acontecer dentro de uma empresa é a falência, o que geralmente é decorrente da falta de planejamento estratégico, da falta de cuidados com o financeiro e muito mais.   Está passando por esse momento dentro de sua companhia? É o momento de tomar cuidado e observar o que pode ser feito para começar a recuperação de seu negócio o quanto antes.   Confira abaixo dicas para começar esse processo o quanto antes e modificar o rumo de sua organização.  

O que é falência e como ela pode ocorrer?

O que é falência e como ela pode ocorrer? De uma forma simples e rápida, a falência é um processo judicial do qual há a apuração e a venda de todos os bens de uma companhia, o que acontece quando essa não possui mais condições de lidar com suas responsabilidades e dívidas.   Após essa ação, há o pagamento dos créditos pendentes, onde é chamado de estado de insolvência, onde o passivo é maior que ativo dentro do negócio.   A falência simboliza também a saída do dono ou comandante de suas atividades exercidas, onde acontece a preservação dos bens referidos, dos ativos e recursos que ainda existem.   Esse acontecimento pode ser decorrente da falta de cuidado monetário, da falta de planejamento financeiro, de problemas de gestão e muito mais ações, onde não se tem cuidado com o futuro do negócio.  

O que é recuperação judicial?

A recuperação judicial é quando há a tentativa de um acordo entre o negócio que está em crise e os demais credores, onde tudo isso é fiscalizado pela própria justiça.   Esse processo começa por um pedido do próprio negócio, onde há uma suspensão temporária das cobranças, mas, é necessário a apresentação de uma estratégia para que isso seja aceito.   Quem vai decidir se esse plano é interessante são os credores, onde devem trabalhar para que a organização fique viva e os pagamentos do que se está devendo, sejam executados o quanto antes.   Caso o saldo seja positivo, a empresa fará os pagamentos e terá uma reabilitação, porém, do contrário, é preciso encerrar os negócios, assim, os credores devem disputar o que sobrou monetariamente falando.  

Como identificar a necessidade de recuperação judicial?

As empresas que podem dar a entrada nesse processo de recuperação judicial, são:
  • Não podem estar falidas ainda;
  • Se possuem falência anterior, devem ter todas as responsabilidades extintas;
  • Deve ter tempo de atividade mínimo de dois anos;
  • Não pode ter sido condenada por crimes que estão associados a Lei de Falências;
  • Não ter nenhum registro de plano especial de recuperação dentro dos últimos oito anos.
Nesse caso, é interessante conversar com um especialista e se informar sobre o que pode ser feito em cada caso e se existem demais soluções.   É preciso tomar os próximos passos de maneira rápida e direta para que não seja tarde demais e outros problemas não sejam cumulativos nesse período.  

Como é o processo de recuperação judicial?

Qualquer empresa que esteja dentro da Lei 11.101/2005 pode pedir por essa recuperação judicial, menos cooperativas de crédito, planos de saúde e as empresas mistas ou estatais.   Esse pedido de recuperação judicial deve ser feito diretamente em uma vara de falências, onde a empresa inclui a obrigação do pleito, entrega toda a documentação e demais necessidades.   É preciso também levar outros comprovantes, como:
  • Os demonstrativos de resultados acumulados;
  • Os relatório de fluxo de caixa e projeção;
  • As certidões dos cartórios de protestos que estão na comarca do domicílio ou na sede da PJ que é devedora ou daquelas onde se tem filial, se for o caso;
  • O balanço patrimonial;
  • Por fim, o demonstrativo de resultados contando do último exercício.
Depois que o processo é aceito, é preciso que o plano aprovado seja seguido a risca pela assembleia dos credores e pela própria justiça.   Enquanto as dívidas estão sendo pagas e reestruturadas, é obrigatório demonstrar balanços mensais do que está sendo feito diretamente para o administrador judicial.   É ele quem cuidará dessas transações entre todas as partes, comunicando o que está sendo executado e orientando a própria empresa devedora.   É interessante destacar que esse processo pode demorar alguns anos para ser concluído, onde a média é de 3 anos, portanto, o caminho será árduo, mas, que valerá bastante a pena no final das contas;  

Como evitar a falência e manter a saúde financeira da empresa?

Você quer evitar que sua empresa chegue até esse limite e tenha que enfrentar o processo complicado de recuperação judicial?   É preciso começar algumas ações no momento atual para que o futuro de seu negócio seja frutífero e cada vez mais único. Confira abaixo algumas dicas:
  • Tenha um planejamento estratégico: um dos primeiros passos é que tenha-se um planejamento específico do que precisa ser feito, desde o financeiro, a gestão de pessoas, plano de carreira e tudo aquilo que determinará o sucesso de sua corporação, incluindo um tutorial para cada ação;
  • Cuidado com as pessoas: seus colaboradores são com certeza o bem mais valioso do negócio, portanto, não deixe de cuidar em como todo mundo está se sentindo, como está o clima organizacional da companhia e observar o que precisa ser feito para o crescimento de cada trabalhador em específico;
  • Foco no financeiro: é primordial que o seu time de finanças esteja atento em como está o recebimento monetário, quais são as dívidas presentes e quando devem ser pagas, qual a quantidade que está sendo gasta com matéria prima e todos os cuidados para que isso não interfira no fluxo de caixa e no lucro existente do negócio;
  • Inovação presente: por fim, porém, nem um menos importante, o que você está fazendo para que tenha-se inovação dentro da companhia de sua empresa? É preciso observar os concorrentes e também o que está acontecendo no cenário interno de seu negócio, modificando quando se tem a necessidade e rumando objetivos novos.
Esses são alguns dos pontos primordiais para que você não tenha que recorrer a uma recuperação judicial em um futuro mais próximo.   O que você tem feito dentro de sua empresa para que possa modificar o rumo de sua corporação, comandante? Continue acompanhando esse e outros conteúdos aqui no blog do EAG!
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QUEM É MARCELO GERMANO

  • Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

  • Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

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QUEM É ROGÉRIO VALENTIM

  • Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável.

  • Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab. 

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