Lucro real x simples nacional: qual a diferença? Saiba como e quando migrar

09.03.2023
Um dos principais focos dos donos de empresas é obter dinheiro com a empresa, porém, é preciso um ótimo planejamento financeiro, cuidados com questões de gestão e demais detalhes.   É natural que uma das dúvidas que permeia essa questão é sobre a diferença entre lucro real e o de simples nacional, além dos demais modelos de negócio existentes aqui no Brasil.   Quer saber mais sobre como cada um deles funciona? Confira abaixo as informações gerais para que possa ter uma visão direcionada e correta de sua organização.  

O que é lucro real?

O que é lucro real? Esse é um dos modelos de tributação existentes no Brasil, onde o cálculo do Imposto de Renda Jurídico e o CSLL - Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido -, é realizado usando como base o lucro real da companhia, além dos ajustes previstos dentro da legislação.   Dessa maneira, é essencial que os empreendedores que optam por esse regime fiquem de olho na renda que estão atingindo, assim como nas despesas existentes na organização.   É preciso cuidado porque há a possibilidade de aumento ou redução dos encargos conforme o registro de lucro, ademais, se existir prejuízo depois do período de tributação, não se tem a necessidade do pagamento dos juros do ganho.   Por fim, as empresas que estão dentro dessa tributação devem apresentar diretamente a Secretaria da Receita Federal todos os registros específicos financeiros.

O que é simples nacional

Criado no ano de 2007, o intuito é que a vida seja descomplicada com o uso do Simples Nacional, onde todos os tributos que precisam ser pagos, estão unificados em uma única guia.   Ela é chamada de DAS - Documento de Arrecadação do Simples Nacional. A receita máxima anual desse empreendedor é de até R$4,8 milhões, ficando disponível para:
  • Microempresas (ME);
  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU);
  • Microempreendedores Individuais (MEI);
  • Empresas de Pequeno Porte (EPP).

Qual a diferença entre lucro real x simples nacional?

As diferenças entre o Lucro Real e o Simples Nacional são:
  • Base de cálculo;
  • Limite de faturamento;
  • Alíquotas dos impostos.
Confira abaixo os detalhes de cada um dos regimes:  

Faturamento permitido

  • Simples Nacional: até 4,8 milhões;
  • Lucro real: não existe.

IRPJ

  • Simples Nacional: valor de alíquota única;
  • Lucro real: quantia de 15% até o valor de R$ 240 mil da receita bruta do ano + 10% quando há mais valores.

CSLL

  • Simples Nacional: valor de alíquota única;
  • Lucro real: 9%.

PIS

  • Simples Nacional: valor de alíquota única;
  • Lucro real: 1,65%.

Cofins

  • Simples Nacional: valor de alíquota única;
  • Lucro real: 7,6%.

ISS

  • Simples Nacional: valor de alíquota única;
  • Lucro real: entre 2% até 5%, conforme o município de registro.

ICMS

  • Simples Nacional: valor de alíquota única;
  • Lucro real: alíquota conforme a quantia imposta pelo estado.
Caso sua empresa passe o valor limite do Simples, é obrigatória a migração para o lucro real.   Nesse caso, o Imposto de Renda e a Contribuição Social é pago conforme o lucro obtido, acrescentando assim os ajustes necessários.   Ademais, essa sociedade que optar por incorporar o Lucro Real também precisa pagar o PIS e COFINS, além de não ultrapassar a quantia anual de R$78 milhões.   Essa alteração pode ser feita por vontade de comandante ou pela legislação, de qualquer maneira, é preciso cuidado e atenção!   Confira abaixo dicas de Marcelo Germano para saber se você deve ou não migrar para esse modelo de negócio e os cuidados necessários. https://www.youtube.com/watch?v=PR-vfSp-Qv8 [su_button url="https://www.youtube.com/c/EmpresaAutogerenci%C3%A1vel?sub_confirmation=1" target="blank" style="glass" background="#ec0025" color="#ffffff" size="8" center="yes" radius="round" icon="icon: youtube-play"]Inscreva-se no canal[/su_button]  

Dicas para não pagar muito imposto ao sair do simples nacional 

Quer saber como pagar menos tributos ao modificar o seu regime empresarial? Confira abaixo alguns cuidados precisos:
  1. Organize sua companhia: tenha todos os documentos em mãos, controle financeiro e saiba onde deseja chegar, assim, você tem estratégias mais direcionadas diante de como reduzir a carga tributária;
  2. Verifique os enquadramentos jurídicos: entenda quais são os impostos definidos e saiba qual o melhor modelo para o seu negócio, além de ficar de olho nas brechas legislativas, nas vantagens e no pagamento de taxas;
  3. Observe os benefícios fiscais: esse é outro método para reduzir a quantia de impacto da carga tributária, onde várias das suas ações da companhia podem impactar em uma redução e até isenção de vários impostos;
  4. Cuidado com o pró-labore: o pró-labore também tem impacto no quanto você declara no Imposto de Renda, por isso, é aconselhado que você converse com seu contador ou com um agente financeiro para entender as melhores estratégias para seu negócio;
  5. Tenha um planejamento tributário: saiba como e os meios de conseguir organizar as finanças e a saúde monetária de seu negócio, por isso, tenha um fluxo de caixa e um balanço financeiro sempre em dia;
  6. Diferencia as contas pessoais das empresariais: quando isso acontece, é natural que a gestão do negócio seja prejudicada, além da possibilidade de tributação no valor aplicado e prejuízos com a retirada mensal.
O que você já tem feito dentro de sua empresa, comandante? Pode ser que esse seja o momento de começar a aplicação de várias dessas questões o quanto antes!  

Como sair do Simples Nacional e ir para o Lucro Real?

Existem algumas formas de conseguir fazer essa transição com cuidado e direcionamento. Acompanhe o passo a passo abaixo e siga com cuidado!
  1. Encontre um contador de confiança: será ele a pessoa da qual fará todo o processo observado os detalhes e a comunicação ao fisco sobre o que está acontecendo;
  2. Observe as datas: essa alteração não pode ser feita em qualquer momento, somente no início de cada ano fiscal ou dentro do prazo criado pela Receita Federal;
  3. Levante toda a documentação necessária: é claro que seu contador ficará responsável pela maior parte do processo, porém, você também deve cooperar com a obtenção de toda a papelada exata;
  4. Fiscalize os tributos e valores: por fim, depois de ter realizado todo o processo de mudança, é essencial o cuidado para que as quantias não anuais não sejam ultrapassadas ou extrapoladas, portanto, tome cuidado!
Esses são alguns dos cuidados necessários para você que deseja fazer essa migração, principalmente se sua empresa está em crescimento e expansão.   Gostou desse conteúdo? Não deixe de continuar acompanhando os outros temas aqui dentro do blog do EAG e saiba mais sobre como ampliar e otimizar sua companhia cada vez mais!
Compartilhe

QUEM É MARCELO GERMANO

  • Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

  • Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O MARCELO

QUEM É ROGÉRIO VALENTIM

  • Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável.

  • Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab. 

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O ROGÉRIO