Lições de 2020: o dono da empresa preparado

30.05.2020

A crise do novo Coronavírus caiu como uma bomba para o mundo inteiro. Para os donos de empresa, então, nem se fala: muitos deles foram do céu para o inferno em pouquíssimo tempo. 

Infelizmente, não dá para voltar no tempo e consertar os erros que levaram muitos negócios ao caos durante esse momento de crise. Porém, nós podemos - e devemos - aprender com esses erros. 

E é sobre isso que eu, Marcelo Germano, fundador do EAG - Empresa Autogerenciável, vou falar neste texto. Nas próximas linhas, eu reuni 7 lições que o ano de 2020 trouxe para os donos de empresa. Todas elas são extremamente necessárias para enfrentarmos não só esta, mas todas as outras crises que virão.

Boa leitura e mãos à obra!

1) Entender o papel do dono de empresa durante uma crise

A crise pode levar muitos donos de empresa ao desespero, mas eu te digo por experiência própria que a aflição não leva ninguém a lugar algum. Aliás, até leva: para o olho do furacão. E eu tenho certeza que você não quer chegar a esse ponto, ainda mais em um momento de instabilidade econômica. 

Pode parecer difícil, Comandante, mas o papel do dono de negócio durante uma crise é manter a calma, agir de forma pragmática e fazer a empresa chegar ao outro lado da ponte. 

Isso significa que você deve atravessar a turbulência tendo prioridades e estabelecendo meta, plano de ação e execução. Ao agir dessa forma, você vai encontrar do outro lado um mundo diferente e com oportunidades. 

A minha dica é: olhe para o seu fluxo de caixa e veja o que pode ser feito. Inclusive, é possível que o governo federal lance pacotes e medidas para ajudar o empresário, como foi o que aconteceu durante a pandemia. 

Eu, por exemplo, sempre priorizo manter o salário e o emprego dos meus colaboradores e dos meus fornecedores. É pensando nisso que eu organizo o meu caixa, traço cenários e tomo decisões. 

2) Repensar o modelo de negócios da empresa

Anote isso e leve para a sua vida, Comandante: você pode ter um produto ou uma solução maravilhosa, mas se esse modelo de negócios for feito em cima da premissa errada, é bem possível que a sua empresa não sobreviva.

Quer ver um exemplo? A Blockbuster era a maior locadora de filmes e de jogos do mundo, e hoje só existe uma única loja dela no mundo inteiro. Sabe por quê? Porque eles se apegaram tanto ao produto deles que não anteciparam tendências e tiveram muita resistência em se adaptar aos novos formatos de assistir filmes.

Portanto, o que a gente pode tirar de lição desse caso é que não adianta nada focar no seu produto e se esquecer do que realmente vale: a solução do problema do cliente. E em tempos de crise, sobrevive quem executa estratégias para resolver as dores das pessoas, que, como você já sabe, costumam ser muitas. 

3) Olhar para as metas tangíveis e intangíveis

O que é tangível sempre foi prioridade, por motivos óbvios. Não se pode atingir o que não se pode mensurar. Porém, os resultados intangíveis também têm sua grande importância, sendo aqueles que dependem dos valores, dos comportamentos e do posicionamento da sua empresa. É graças a eles que um negócio constrói reputação e provoca experiências que geram valor ao cliente e aos funcionários.

O problema é que muitos donos de empresa olham apenas para os resultados tangíveis, isto é, que geram indicadores, como o lucro e o faturamento.

Eu não estou falando que os resultados tangíveis não são importantes. É claro que eles são. Mas eles dependem dos seus resultados intangíveis. 

Portanto, não adianta nada olhar só para os indicadores e se esquecer dos seus valores, das suas pequenas vitórias e de tudo o que está sendo conquistado ao redor, porque são essas ações e comportamentos “invisíveis” que ajudam qualquer negócio a bater metas, inclusive em tempos de crise.

4) Priorizar e capacitar os seus colaboradores

Os seus funcionários são o grande coração da sua empresa. Sem eles, não há a execução de processos, nem apoio para as horas boas e más. E para vocês manterem um excelente trabalho em equipe, ainda mais durante um momento de instabilidade, você precisa focar no bem-estar e no desenvolvimento deles. Inclusive, isso faz parte do seu trabalho estratégico, que é fazer a sua empresa crescer.

Portanto, esteja à disposição dos seus colaboradores. Para aqueles que são novos na sua empresa, ou que acabaram de ocupar um cargo superior, esteja 100% presente: direcione o que eles precisam fazer para que esses funcionários se tornem mais confiantes, amadureçam e entendam o papel deles no seu negócio. E lembre-se sempre de dar feedbacks para que eles saibam quais ações e comportamentos podem ser melhorado. 

Você também precisa capacitá-los e ajudá-los a desenvolver habilidades que são essenciais para a construção de resultados da sua empresa. Um método que eu considero muito eficiente para isso é o Método Cumbuca, no qual toda a equipe faz uma reunião semanal para discutir o capítulo de um livro relacionado a uma competência que precisa ser desenvolvida por todos, traçando metas e planos de ação para executar os aprendizados.

5) Destacar o seu negócio perante a concorrência

Durante uma crise, sobrevive quem sai da sua zona de conforto, destacando o seu negócio da concorrência e batendo metas até mesmo em um cenário desafiador.

Como fazer isso? Os processos são feitos por pessoas. Portanto, para você, dono de empresa, ter processos inovadores, execuções bem-feitas e resultados acima da média, você precisa ter pessoas dispostas a fazer tudo isso. E sabe onde você vai achar esse time dos sonhos? Durante a contratação.

A contratação é a chave do sucesso de qualquer empresa. Eu costumo dizer que a melhor estratégia com as pessoas erradas vai falhar sempre, mas se você tiver uma estratégia que não é a melhor do mundo, mas com as pessoas certas, executando com disciplina, você sempre vai ganhar da concorrência. 

Portanto, esteja imerso no processo de contratação da sua empresa. Procure por pessoas que entreguem resultados e que comprovem que já entregaram resultados anteriormente (ou vá atrás dessas informações com os seus últimos empregadores). Ah, e se elas se identificarem com os valores e com o jeito do seu negócio funcionar, as chances de sucesso são ainda maiores. 

Eu falei mais sobre contratação nesse conteúdo aqui, Comandante:

 

https://youtu.be/VnCD5E0MkPM

 

6) Incrementar a equipe de vendas

Até no meio de uma crise, a sua empresa é capaz de vender. Só que, para isso, o seu time comercial precisa estar alinhadíssimo com o contexto atual e com as dores do seu cliente para lhe oferecer a melhor solução (no caso, o seu produto ou serviço).

Portanto, um dos seus papéis é avaliar e controlar as métricas da sua equipe comercial. Verifique quantas ligações foram feitas, quantas reuniões foram agendadas e quantas vendas foram realizadas. Quando você sabe o que está acontecendo, você consegue direcionar melhor o seu time e treiná-lo para: gerar conexão com o cliente; conhecer o seu universo; e saber o que deve ser dito durante a abordagem e a reunião. 

7) Vender mais e melhor on-line

Hoje em dia, quem não está vendendo on-line está perdendo dinheiro. Afinal, as vendas pela internet tiveram um boom de crescimento durante a pandemia, e elas prometem se consolidar completamente após a chegada do “novo normal”.

Existem várias formas de vender on-line, e uma delas é por meio do Instagram. Cada vez mais inúmeras oportunidades de compra e venda têm nascido nessa rede social que vai muito além da apresentação de fotos e de vídeos no feed e nos stories

Quem entende isso tem chances muito maiores de gerar vendas por lá. Quem está por estar no Instagram e vive martelando o seu produto ou serviço no feed do cliente dificilmente vai conseguir resultados. 

Na realidade, as redes sociais foram feitas para gerar relacionamentos e conexões. É isso mesmo: as pessoas querem seguir pessoas e contas relevantes. Portanto, quando você vira a chave e procura gerar um conteúdo muito além do de venda, você terá mais chances de vender.

Parece contraditório, não é? Mas essa é a verdade e não tem como fazer diferente. Por isso, pense sempre em gerar conteúdo relevante para o seu cliente, procurando solucionar as dores e os problemas dele, e adote um tom pessoal, personalizado e persuasivo nas suas publicações. 

Considerações finais

O aprendizado que você, como dono de empresa, deve tirar do ano de 2020 é: esteja adaptado às mudanças. 

Eu sempre bato na tecla que os donos de negócios devem saber que os resultados e as conquistas vêm de muito trabalho duro e muita ralação. E é claro que os erros fazem parte desse processo.

A grande questão para garantir a sobrevivência de qualquer negócio é não desanimar, agir de forma pragmática, olhar para o fluxo de caixa e garantir a execução dos processos. Quando você entende e faz tudo isso, as chances de a sua empresa prosperar mesmo em tempos difíceis é muito maior. 

O EAG Empresa Autogerenciável foi criado para te ajudar a acabar com o caos da sua empresa e a construir uma equipe autogerenciável que funcione sem depender de você.

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QUEM É MARCELO GERMANO

  • Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

  • Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O MARCELO

QUEM É ROGÉRIO VALENTIM

  • Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável.

  • Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab. 

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O ROGÉRIO