Business game: descubra se o planejamento estratégico da sua empresa está indo bem

23.06.2020

Fazer um planejamento estratégico é de extrema importância para qualquer empresa, porque ele ajuda a dar clareza sobre aonde você quer chegar e o que precisa ser feito para atingir os resultados esperados. 

Só que tem muito dono de empresa que não sabe como fazer esse plano, nem como colocá-lo em prática a longo prazo. Dessa forma, ele nunca vai saber se o que vem fazendo está alinhado ao seu propósito, e dificilmente vai conseguir bater as suas metas e os seus objetivos. 

Neste texto, eu, Marcelo Germano, fundador do EAG - Empresa Autogerenciável, mostro um business game que vai te ajudar a colocar tudo o que planejou em prática. 

Preparado (a)? Boa leitura e mãos à obra!

Como criar um planejamento estratégico? 

Reúna-se com todos os gestores da sua empresa - de preferência no final do ano - para vocês analisarem o que precisará ser feito no ano seguinte. 

Peça para os seus gestores trazerem os gastos e os indicadores dos seus respectivos departamentos para a reunião. Dessa forma, vocês conseguem analisar esses resultados e conseguem elaborar o seu planejamento em cima deles.

É fundamental que o plano seja feito em cima dos 5 ambientes que o compõem: a cultura organizacional, o ambiente externo, o ambiente interno, a estratégia corporativa e a estratégia de negócios. A partir de todas essas análises, vocês vão construir os planos de ação que vão ajudar a executar todo esse planejamento ao longo do ano.

Cultura organizacional

Com os indicadores da sua empresa em mãos, vocês vão analisar se a cultura organizacional dela está alinhada com esses resultados. Por exemplo: se um dos valores da sua empresa for “entregar tudo no prazo”, veja se os seus resultados estão de acordo com uma equipe que nunca atrasa as suas entregas. 

Caso contrário, você e os gestores precisarão identificar se é necessário alterar ou flexibilizar alguma coisa dentro da sua cultura para tudo entrar em comum acordo no próximo ano.

Ambiente externo

Em seguida, vocês precisam analisar se as mudanças que ocorreram, que ocorrem e que ocorrerão no ambiente externo impactaram e se irão impactar os seus indicadores. Ou seja, é necessário estar totalmente por dentro de questões econômicas, políticas, sociais, ambientais, e ter o mínimo de previsibilidade para identificar possíveis mudanças radicais e que podem ser boas ou ruins para o seu negócio.

O ambiente externo também envolve analisar a concorrência, os fornecedores e os clientes. Dessa forma, você consegue adaptar os seus processos ao o que os outros estão fazendo e desejando.

Ambiente interno

Além do ambiente externo, vocês também precisam avaliar o ambiente interno, ou seja, se vocês estão desenvolvendo habilidades e competências necessárias para concorrer no ambiente externo. Isso também envolve verificar a reação dos seus clientes quanto ao seu produto ou serviço e, também, aos resultados que os indicadores mostram. 

Essa é uma etapa muito importante, porque ao analisar e comparar o ambiente interno e o ambiente externo, vocês identificam as forças, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças que o seu negócio tem e enfrenta. Essa análise é chamada de Análise SWOT. 

Depois de tudo analisado, vocês precisam se reunir para construir a sua vantagem competitiva e levar a sua empresa à frente da concorrência.

Estratégia de negócios

Todo planejamento estratégico precisa conter uma estratégia de negócios, que vai trazer mais clareza quanto ao que precisa ser feito para você competir e se destacar da concorrência. 

Dois exemplos muito comuns são: competir por preço (para ganhar mercado) ou por diferenciação (que é a forma como o cliente percebe o seu negócio, diferenciando-o da concorrência). 

Saiba mais sobre: estratégia empresarial

Estratégia corporativa

Por fim, a estratégia corporativa ajuda a pensar onde você vai focar e de que forma o seu negócio pode se expandir. 

Por exemplo: se você estiver começando agora, você pode focar em penetrar um mercado novo, ou então, você pode focar em inovação, criando um produto ou um serviço inédito, alinhado à sua empresa, e que pode trazer bons resultados. 

Ferramenta de aplicação: Business Game

Ter um planejamento em mãos é lindo, mas não adianta, Comandante: ele só será um pedaço de papel se você não colocá-lo em prática. Portanto, você precisa executá-lo ao longo do ano, e uma ótima forma de fazer isso é gastando a sola do seu sapato, porém, até mesmo esse recurso precisa ser feito de forma inteligente.

Eu aprendi a eficiência dessa técnica no meu MBA, quando nós fizemos um business game que mudou completamente a minha visão sobre o assunto. Neste vídeo, eu falo mais sobre:

 

Na prática:

Nesse business game, eu e meu grupo tínhamos ferramentas de recursos que podíamos usar para alavancar os resultados de uma empresa, mas se nós o usássemos do jeito errado, nós perderíamos tempo.

Uma dessas ferramentas era o walk the talk, que na literatura, está mais ligado em fazer aquilo que você está falando. Porém, naquele business game, eu entendi que era: ter um projeto, convencer as pessoas a participar dele, e se certificar de que as pessoas estavam fazendo o certo para aquele negócio crescer. E essa certificação acontecia graças ao walk the talk, ou seja, gastar a sola do sapato.

Esse termo nada mais é do que você, como dono de empresa, ir a campo e observar o que os funcionários estão fazendo, verificando se o comportamento e as atitudes deles estão relacionadas aos valores da empresa. Por exemplo: se um dos seus valores é “atender bem ao cliente”, esse atendimento precisa ser impecável do início ao fim em toda a jornada desse cliente.

Durante a observação, você pode - e deve - mostrar aos seus funcionários por que é importante eles agirem de determinada forma e convencê-los de que um detalhe pode fazer toda a diferença. Nisso, é possível reconhecer os funcionários que estão cumprindo bem o seu papel, ou orientá-los que precisam melhorar algum aspecto. 

Voltando ao business game, nós tínhamos que usar o walk the talk durante uma rodada em que a equipe estava desanimada ou não comprava a ideia do projeto, e dava super certo; a nossa pontuação estourava. Só que, na próxima rodada, se a gente quisesse usar o walk the talk de novo, a gente percebia que a nossa pontuação caia. 

E com isso, veio um profundo aprendizado sobre a eficiência do walk the talk: essa é uma ótima ferramenta, mas ela não pode ser realizada todos os dias, senão vira microgerenciamento. Ou seja, se você ficar 24h por dia checando o que os seus funcionários estão fazendo, você impede as pessoas de terem autonomia e de se desenvolverem. 

Com isso, você acaba exercendo um trabalho operacional, em vez do trabalho e do planejamento estratégico, que está focado no crescimento da empresa. 

Considerações finais

Fazer um planejamento estratégico implica, necessariamente, em praticá-lo e em checá-lo ao longo do ano, certificando-se de que ele está sendo executado e de que algumas coisas podem ser corrigidas no meio do caminho. Isso é perfeitamente natural. Mas é somente com essa postura que você consegue fazer os processos funcionarem na sua empresa.

E uma das formas de fazer isso é por meio do walk the talk que, como você já sabe, deve ser feito de vez em quando para incentivar a sua equipe. Dessa forma, você reafirma o seu papel de líder, que inclui treinar e desenvolver os funcionários, colocando todos na mesma página, reafirmando a sua confiança no trabalhplanejamento estratégicoo deles e, assim, focando no crescimento do seu negócio. 

O EAG Empresa Autogerenciável foi criado para te ajudar a acabar com o caos da sua empresa e a construir uma equipe autogerenciável que funcione sem depender de você.

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QUEM É MARCELO GERMANO

  • Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

  • Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O MARCELO

QUEM É ROGÉRIO VALENTIM

  • Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável.

  • Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab. 

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O ROGÉRIO