Conflitos entre sócios: como acabar com principais brigas da sociedade

Tempo de leitura: 5 minutos

Sejam empresas familiares ou não, é comum que conflitos entre sócios aconteçam, onde os motivos podem ser variados: desde desentendimentos bobos, questões financeiras, problemas pessoais e muito mais. Mas, quais são os impactos disso para uma organização?

 

Leia aqui mais sobre como acontecem os conflitos numa sociedade e saiba como você pode garantir que a convivência com o seu sócio seja produtiva ao invés de destrutiva.

 

Perigos dos conflitos entre sócios

Os conflitos entre sócios podem gerar vários perigos para uma sociedade, não somente na questão do futuro da empresa, mas também de forma organizacional e no trabalho dos demais colaboradores.

 

De início, essa questão problemática podem ser apenas uma faísca, ficando apenas na parte interna da sala de reuniões ou em burburinhos mais discretos.

 

Porém, com o passar do tempo, é comum que isso estenda-se a convivência com os demais funcionários, o que pode resultar em maiores problemas, como:

Péssimo clima organizacional;
Quebra da cultura organizacional;
Falta de engajamento e desmotivação da equipe;
Problemas de convivência com os demais trabalhadores;
Falta de organização em todos os setores;
Enfraquecimento da empresa;
Fofocas e burburinhos.

E vários outros motivos que no final, acabam se tornando uma grande bola de neve e assim, decaindo a qualidade do serviço, produto ou atendimento que a empresa prestava.

 

Quais os principais conflitos entre sócios

São muitos os motivos que podem gerar problemas entre os sócios de uma empresa, confira abaixo quais são os mais comuns:

 

Discordância de ideias

Quando não há o alinhamento de ideias e de expectativas para os próximos planos da sociedade, é comum que aconteçam as discordâncias de opiniões no futuro.

 

Essas mudanças de visões podem ter razões em diferentes áreas: lucros, objetivos, contratação, cargos e tantas outras razões.

 

Falta de contrato

É preciso que todos os envolvidos na parte de gerência da empresa reconheçam a importância da coordenação e elaboração de um contratado firmado por todas as partes.

 

Mesmo que para algumas pessoas isso represente falta de confiança, é preciso concretizar essa ação para que assim, em casos extremos, todas as pessoas tenham seus direitos por lei assegurados.

 

Nesse caso, problemas, discussões e várias questões podem ser evitadas por meio do que foi decidido via documento oficial reconhecido.

 

Falha na comunicação

Seja uma palavra torta, um olhar rude ou ações precipitadas, as decisões que são feitas sem consultar os outros envolvidos podem gerar grandes falhas na comunicação e assim, muitos outros problemas.

 

É importante destacar que nem sempre isso acontece com as intenções maléficas, na verdade, podem ser por variados motivos.

 

Independente de qual seja o fator motor para que isso aconteça, é uma das razões que levam a maiores desentendimentos e assim, eventuais conflitos.

 

Ganhos e pró-labore

Seja no cenário da empresa estar crescendo ou regredindo, a questão financeira pode ser um dos motivos de conflitos entre sócios.

 

Por isso, definir o valor de ganhos e firmar um pró-labore é tão importante por entre os diretores, dessa forma, têm-se documentado essas questões delicadas e previne-se de eventuais desentendimentos.

 

Veja no vídeo abaixo como definir a remuneração correta entre os sócios e aplique o quanto antes dentro de sua empresa!

Atribuições

Quando uma sociedade está sendo estabelecida, é primordial que todos os envolvidos definam exatamente quais serão as suas atribuições, envolvimentos e quais são as funções que devem ser executadas.

 

Do contrário, pode acontecer o envolvimento excessivo em outros pontos, interferência naquilo que não lhe é condizente e assim, desentendimentos de todas as partes.

 

Por isso, saber o organograma, limite e até onde pode-se chegar é essencial para que não torne-se uma bola de neve no futuro.

 

Falta de envolvimento

Assim como a não definição do que deve ser feito é um problema, a falta de envolvimento por parte da gerência pode se tornar uma grande questão.

 

Isso porque caso a distribuição não esteja sendo efetiva, provavelmente há alguém sobrecarregado nas ações da empresa.

 

Assim, cada um deve assumir a responsabilidade da qual lhe foi concedida e seguir com os planos traçados.

 

Cobrança excessiva

Ainda sobre a distribuição de tarefas e a correta aplicação e equilíbrio de todas, é importante destacar que o excesso de cobrança não é uma opção interessante.

 

Quando isso torna-se uma visão normal no dia a dia da empresa, pode ser interessante designar uma terceira pessoa para a resolução do problema – especialmente alguém fora do cotidiano do negócio.

 

Por meio dessa ação arbitrária ou conselho administrativo, os empresários tem uma clareza na resolução de conflitos, de uma maneira rápida, segura e que não penda para nenhum dos lados.

 

Como acabar com conflito entre sócios em 5 passos

Está enfrentando algum problema de sócios e quer saber como solucionar de uma vez por todas essas questões?

 

Veja abaixo o que deve ser feito, além de ouvir o podcast EAG sobre como resolver conflitos entre sócios.

1. Antecipe os problemas

Antes de começar a empresa e os trabalhos atrelados a ela, vale a pena parar para analisar todos os possíveis problemas que podem gerar conflitos no futuro:

Questões financeiras;
Distribuição de atividades;
Contratação de funcionários;
Cultura organizacional;
Objetivos e metas.

E tudo aquilo que possa gerar desgastes no futuro.

 

Assim, debata com o outro sócio e insira questões e regras relacionadas no contrato ou documento oficial.

 

2. Faça um contrato de sociedade

Ainda sobre a questão do documento de contrato, aqui é importante pensar no futuro da empresa, mesmo que o pior cenário possível tenha que ser imaginado:

O que será feito caso a sociedade seja desfeita?
Qual será a quantia/percentual de cada sócio em questão monetária?
O valor investido por cada um terá seu retorno originário?
Com quem ficará o nome da companhia?

Tudo aquilo que no futuro pode ser um grande problema, deve ser pensado agora e assim, documentado para que o processo final – caso isso aconteça -, seja mais fácil, simples e sem delongas.

 

Veja no vídeo abaixo do podcast EAG qual é o segredo para fazer uma sociedade entre sócios dar certo e como aplicar isso em sua empresa!

3. Aprenda a dialogar

Uma das principais ações que os envolvidos em uma sociedade devem desenvolver é o hábito de dialogar.

 

Seja sobre os problemas, sobre as soluções, sobre o dia a dia, sobre quais serão os próximos passos tomados, os objetivos que devem ser alcançados… tudo deve ser colocado em pauta para que seja discutido.

 

Principalmente no caso dos conflitos, é sempre o momento de parar, debater de forma pacífica e deixar de lado questões pessoais, procurando as melhores soluções para que possa ser resolvido.

 

Ainda em dúvida sobre como executar essa ação? Confira abaixo mais sobre como ter conversas difíceis com Samanta Luchini no podcast EAG.

4. Faça reuniões de alinhamento periódicas 

Seja tanto com os funcionários, com os superiores ou quaisquer envolvidos dentro de um negócio, é preciso que reuniões periódicas sejam realizadas para que questões complicadas ou simples sejam esclarecidas.

 

Isso é essencial para que tudo aquilo que pode afetar a empresa – a curto ou a longo prazo -, seja resolvido logo no início, não aumentando questões que podem ser resolvidas e alinhadas por meio de uma breve conversa.

 

Por isso, estabeleça reuniões quinzenais, a cada mês ou no período que desejar para que assim, todas as demais questões sejam solucionadas com cuidado e atenção.

 

Quer saber como dar um feedback negativo e resolver o conflito dentro da empresa? Acompanhe no vídeo abaixo mais sobre o processo e saiba aplicar no dia a dia.

5. Crie um conselho administrativo

Quer formar um time especialista em resolver problemas? Pode ser uma ideia interessante ter um conselho administrativo.

 

É importante saber que existem duas opções nesse caso:

Conselho deliberativo: aquele que tem poder de lei, onde tudo que é decidido, deve ser aplicado;
Conselho consultivo: não tem poder de escolha, apenas de conselho, onde a decisão final fica por conta do dono da empresa.

Geralmente esse time é feito de pessoas de fora da empresa, onde podem ter uma visão mais analítica, com menos impressões pessoais e pensando no negócio como um todo.

 

Assim, questões mais complicadas e que exigem uma maior análise podem ser resolvidas com esses profissionais.

 

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